A brazileira de Prazins: scenas do Minho. - 13

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Domine_ ... e recommendou aos circumstantes que apagassem duas velas, e
não dessem palavra. Profundo silencio. Ouvia-se apenas o zumbido das
moscas que se esvoaçavam do tecto attrahidas pelo calor da luz unica e
pousavam na fronte chagada do Christo. O recinto era espaçoso e quasi
em trevas. A vela, encoberta pelas curvas lateraes do oratorio, não
alumiava senão o curto espaço da projecção em que Martha, retrahida
n'um terror, tinha os dedos das mãos postas, chegadas aos labios, como
se quizesse abafar os suspiros.
Passados minutos, o exorcista começou a conjurar e ligar o demonio em
nome do Padre e do Filho e do Espirito Santo, tratando-o de _immundo_,
affrontando-o bravamente com epithetos que deviam offender o mais
desbragado patife. Martha fez um movimento de afflictivo desabrimento;
parecia querer fugir; mas o padre prendeu-a com a estola, em harmonia
com o Brognolo: _Se não estiver quieta, póde-a prender com uma
estola_. Feitas novas e mais terriveis conjurações, o exorcista
levantou-se com pavorosa solemnidade, e exclamou: _Exurge, Christe!
adjuva nos_! Levanta-te, Christo, e auxilia-nos!
O egresso continuava as evocações ao Christo, quando Martha cahiu sem
acôrdo.
--Victoria!--exclamou o exorcista--victoria!
E, mostrando ao brazileiro uma pagina do livro: ouça lá, snr.
Feliciano: _O signal mais certo de que o demonio obedeceu e se retirou
de todo é o que a sagrada Escriptura nos expõe no capitulo IX de S.
Marcos:--Deixar a creatura por terra algum tempo como morta. Isto se viu
no endemoninhado surdo e mudo que Christo nosso bem curou, e do qual diz
o texto: Et factus est sicut mortuus_. Depois, com jubilo, limpando o
suor:
--Podem leval-a, deitem-na, ponham-lhe as reliquias todas debaixo do
travesseiro.
Os dois não podiam facilmente levantal-a; na rigidez, como empedernida
do corpo, parecia collada ao pavimento. O brazileiro pedia ao exorcista
que a amparasse por um dos braços; mas o frade, artista austero,
respondeu que lhe era defêso pôr mãos nas possessas. E, de feito,
Carlos Baucio, na _Arte do exorcista_, legisla: «que os exorcistas não
ponham as mãos physicamente sobre a creatura, principalmente sendo
mulher (_propter periculum_), pois que as mulheres nem com o signal da
cruz se devem tocar--_Mulieres nec signo crucis sunt tangendæ_.
Martha passára a noite muito agitada, febril, com delirio; dava
risadinhas muito argentinas, fallava no José Alves; sacudia a roupa com
frenesi, e, quando emergia do torpôr, sentava-se no leito a olhar para
o tio, com uma fixidez repellente. Feliciano não se deitára, e de
madrugada disse ao irmão que fosse chamar o medico, que a Martha estava
com um febrão; e que levasse o diabo o frade para as profundas do
inferno e mais os exorcismos.
Já quando era dia, o brazileiro foi descançar um pouco na cama de D.
Thereza, porque receava que se lhe pegasse a febre da mulher. Ás nove
horas, a governante foi acordal-o, muito alvoroçada, para lhe dizer que
a snr.ª D. Martha tinha sahido sósinha ao nascer do sol e que uma
mulher a encontrára já perto da casa do vigario de Caldellas, a
correr, que parecia uma doudinha. Fr. João recebeu tambem a nova da
fuga, quando acabava de dizer missa em acção de graças pelo triumpho
obtido sobre o demonio. O medico chegava ao mesmo tempo, e informado das
scenas dos exorcismos, disse ao varatojano injurias que o frade não
tinha dito ao diabo; chamou ao brazileiro e ao irmão corja de
estupidos, e partiu para Caldellas com o Feliciano. O frade, insultado
pelo medico, e pelos modos bruscos e desabridos do brazileiro, citou
umas palavras de Jesus que manda sacudir o pó das sandalia no limiar da
casa dos impios, e foi-se embora. Seguiram-o algumas beatas n'um alto
chôro por longo espaço: e, quando elle desappareceu no cotovello da
estrada, houve d'ellas que arrancavam cabellos, cheios de lendias;
outras davam-se bofetadas, e as mais hystericas guinchavam uivos
estridentes.
O Melro, o taverneiro, o compadre do Feliciano, quando ellas lhe
passaram á porta a chorar, atraz do missionario, sahiu fóra, e
disse-lhes com um racionalismo brutal:
--Ah grandes coiras!


CONCLUSÃO

Martha regressou com D. Thereza, alguns dias depois. O brazileiro
conveio no tratamento hydropathico da esposa; e a compadecida irmã do
vigario offereceu-se como enfermeira da pobre senhora que se abraçava
n'ella com medo imbecil, a pedir-lhe que a não deixasse, que a
defendesse do missionario.
D. Thereza assistiu ao nascimento da primeira filha de Martha. Imaginava
a irmã do vigario que no espirito da mãe se havia de operar uma
benigna mudança; que o amor á filha seria diversão á saudade de
José Alves; mas a medicina não esperava alteração sensivel, porque
era materia corrente nos tratados alienistas que um cerebro lesado não
se restaura sob a impressão do amor maternal que só actua nas
organisações normaes. Porém, D. Thereza não podia crer que Martha
estivesse confirmadamente louca, posto que nas suas conversações em
que, raras vezes, se interessava, disparatasse, affirmando que via a
alma de José Alves, como quem conta um caso trivial.
Quando lhe mostraram a filha recem-nascida, contemplou-a alguns
segundos; mas nem balbuciou uma palavra carinhosa, nem fez gesto algum
de contentamento. A amiga dizia-lhe coisas muito meigas da filhinha, a
vêr se lhe espertava o coração. Punha-lh'a nos braços, dava-lh'a a
beijar. Martha cedia com tristeza e constrangimento, beijando a filha
como se fôra uma creança alheia. A ama ia dizer ás creadas que a
brazileira era uma cafra, que não podia vêr o anginho do céo.
Os paroxismos eram menos frequentes; mas, tres dias antes do ataque, a
torvação de Martha manifestava-se com extravagancias, delirios.
Fechava-se no quarto com muitos vasos de flores, que enfileirava no
sobrado, como se ajardinasse um passeio. Uma vez disse a D. Thereza, á
madrinha de sua filha, que arranjára aquelle caminho de rosas, porque o
seu José Alves lhe dissera em Prazins que havia de fazer-lhe um jardim
em Villalva quando casassem, e ella fizera aquelle jardim para passearem
juntos quando elle viesse á noite. D. Thereza encarou-a com uma grande
piedade, porque se convenceu então que estava perdida.
O Feliciano, quando ella se fechava no quarto, já sabia que estava a
preparar-se o ataque; ia dormir n'outra cama: necessitava do seu
repouso, dizia elle; tinha de erguer-se cedo para vêr o que faziam os
jornaleiros, e não podia perder as noites. Como o arrependimento de se
casar já o mortificava, evadia-se ás irremediaveis apoquentações,
olhando egoistamente para o seu bem-estar, e lembrando-se ás vezes que,
tendo uma mulher assim doente, não lhe seria muito desagradavel ficar
viuvo. Não obstante, como, passado o ataque epileptico, a esposa
recahia n'uma serena indolencia, n'uma impassibilidade mansa e
tranquilla, o tio ia dormir com ella, tendo sempre em vista as
condições do seu bem estar, as necessidades imperiosas da sua
physiologia. Assim se explica a fecundidade de Martha, que deu em sete
annos cinco filhos a seu marido. O medico já tinha explicado
satisfatoriamente ao padre Osorio que a demencia de Martha era
funccional, e as qualidades reproductoras não tinham que vêr com as
anormalidades cerebraes. A Providencia não teve a bondade de fazer
estereis as dementes.
Entretanto, nos tres dias precedentes ás crises epilepticas, parece que
o marido lhe era repulsivo. Dava-se então a revivencia de José Alves,
o seu amado sahia do sepulchro, e transportava-a nas suas azas de anjo
ao paraizo de Prazins. D. Thereza, collando o ouvido á fechadura da
porta, ouvia-a conversar como era dialogo, ficar silenciosa, depois
d'uma interrogação, por largo espaço de tempo; vinha de mansinho á
porta espreitar que a não escutassem. Dizia palavras confusas,
abafadas, cariciosamente proferidas, como se tivesse os labios postos em
contacto de um rosto amado. O nome de _José_ realçava com uma nitidez
jubilosa, com um timbre de meiguice infantil; e ás vezes, um grito em
esforçado desespêro como se elle se lhe desatasse dos braços para lhe
fugir. Um espiritista da escola de Kardec tiraria d'esta loucura um
argumento a favor das _Manifestações visiveis_, em que o fluido, o
_perispirito_ se apresenta semi-material, com as fórmas vagas do corpo,
quasi tangivel ao _medium_.
O Feliciano ignorava estas scenas extra-naturaes. Elle, ao sexto anno de
casado, encouraçára-se n'um impenetravel egoismo de avarento, cortando
fundamente por todas as despezas que em vista da sua grande fortuna se
reputavam sovinarias. A medicina já o considerava lunatico, mais ou
menos inficcionado da alienação da mulher. E a loucura que é se não
a exaggeração do caracter? Porque o viam ás vezes atravessar os seus
pinhaes, com o monoculo, gesticulando, e faltando sósinho, chamavam-lhe
doudo. Errada hypothese do vulgo ignorante. Elle fazia operações
arithmeticas em voz alta como os velhos poetas inspirados faziam
madrigaes n'uma declamação rythmica ao ar livre e ao luar. O certo é
que ninguem o apanhava em intervallo escuro para o defraudar n'um
vintem. Comprou, umas após outras, todas as quintas que foram do Vasco
Cerveira Lobo, de Quadros; umas á viuva, e outras aos filhos. A D.
Honorata Guião, casada em segundas nupcias com o desembargador do
Ultramar Adolpho da Silveira, veio á metropole assim que viuvou para
se habilitar herdeira de metade do casal não vinculado do
tenente-coronel. Os filhos Egas e Heitor, sabendo que sua mãe estava
nos Pombaes, com o marido e filhos, tentaram escorraçal-a com ameaças
e insultos, atirando-lhe tiros á janella. O magistrado fugiu com a sua
familia e acompanhou com força armada os actos judiciaes. Afinal,
Honorata, vendeu a sua parte, ao desbarato, ao brazileiro Prazins; e o
morgado, vendido o seu patrimonio desvinculado, e mais o irmão,
vergonhosamente casados, esfarrapam hoje o resto da torpe existencia na
tavolagem das tavernas. As filhas salvaram-se do naufragio agarradas ás
pranchas dos seus dotes. Arranjaram facilmente maridos que desempenharam
os seus casaes e as sovavam de pontapés injustos e extemporaneos,
quando se lembravam dos engenheiros do conde de Clarange Lucotte.
A brazileira de Prazins tem hoje cincoenta e tres annos. Os seus
visinhos que contam trinta annos, nunca a viram, por que ella, desde
que, em 1848, morreu D. Thereza, nunca mais sahiu do seu quarto. Já
ninguem a vai escutar; mas repete as mesmas palavras do seu amor de ha
quarenta annos, pede que lhe levem flores, tem as mesmas allucinações,
e--o que mais é--ainda tem lagrimas, quando, nos intervallos dos
delirios, entra na angustiosa convicção de que José Dias é morto. O
padre Osorio ainda a procura n'esses periodos de razão bruxuleante e
falla-lhe da irmã por sentir a ineffavel amargura doce de se vêr
acompanhado nas lagrimas. Mas o padre diz que nunca pudéra vêr
nitidamente a linha divisoria entre a razão e a insania de Martha.
Depois do delirio, sobrevem a monomania hypocondriaca. A alma continua a
dormir sem sonhar, sem as allucinações. N'essa segunda crise de
torpor, elle e só elle é admittido ao seu quarto, depois de esperar
que desça da cama ou se embrulhe n'um challe para encobrir a sordidez
do corpête dos vestidos. Este challe é uma scintilla resistente de
instincto feminil que raras vezes se apaga no commum das dementes,
excepto no maior numero das hystericas com erothismo.
Martha tem duas filhas casadas e já mães. Ás temporadas, vestem
serenamente os seus trajes domingueiros e vão para casa dos paes, onde
continuam na sáfara dos campos a sua lida de solteiras. O pai
educára-as na lavoira, de pé descalço; e sachola nas unhas. Trabalham
nas lavras com uma grande alegria e garganteiam cantigas muito frescas.
E os maridos, cheios de bom senso, já as não procuram. Quando
regressam, recebem-as sem as interrogarem; porque, se as affligem,
dão-lhes vágados e choram. Nos outros filhos intanguidos,
escrofulosos, tristes e sem infancia predomina a diathese da
imbecilidade e a falta de senso-moral que é uma especie pathologica
menos estudada dos alienistas. Entre estes filhos ha um que estudou para
clerigo. Passava por ser o mais escorreito. O pai achava-lhe talento.
Estudou seis annos latim, em Braga, debaixo das mais rigorosas
violencias á sua incapacidade; e quando Feliciano, prodigo de dinheiro
para este filho, e desenganado pelo professor, o mandou buscar com tres
reprovações, elle trazia em uma caixa de lata cinco mil e tantas
hostias com que se prevenira para as suas consagrações de sacerdote. E
o pai foi tão feliz que pôde vender as hostias com o pequeno prejuizo
de dez por cento.
--Ahi tem o brazileiro de Prazins, se nunca o viu--dizia-me ha trez
mezes o padre Osorio mostrando-me no mercado de Famalicão um velho
escanifrado, muito escanhoado, direito, com o monoculo fixo, vestido de
cotim, com um guarda-pó sujo, esfarpelado na abotoadura, e uma chibata
de marmeleiro com que sacudia a poeira das calças arregaçadas.
--Tem 84 annos--continuou o vigario de Caldellas--veio a pé de sua
casa, que dista d'aqui legua e meia, janta um vintem de arroz, bebe
outro vintem de vinho, tem quinhentos contos, e volta para sua casa a
pé, atravez ou pouco menos das suas quatorze quintas. Com a
frugalidade, com o exercicio e com o seu egoismo sordido viverá ainda
muito tempo, porque o velho Alexandre Dumas disse que os egoistas e os
papagaios viviam cento e cincoenta annos.


P.S.

Com os subsidios ministrados pelo cura de Caldellas compuz esta
narrativa, espraiando-me por accessorios de duvidoso bom senso, cuja
responsabilidade declino dos hombros d'aquelle discreto sacerdote. Tudo
que n'este livro tem bafio de velhas chalaças, ironias e satyras é
meu; e, se alguem por isso me arguir de pouco respeitador do vicio e da
tolice, retiro tudo.
Se o meu condescendente informador me permitte, ouso dizer-lhe--para nos
esquivarmos ambos ás insidias da critica portugueza--que a demencia de
Martha não é extremamente original nem o meu romance uma singularidade
incontroversa. O que, sem disputa, é original, é duvidar eu de que o
sou.
Em um _Conto_ de Charles Nodier, auctor remoto que se perde no
crepusculo da litteratura archeologica, ha uma LYDIA que endoudeceu
quando o marido, um barqueiro de limpo nascimento e generosa indole,
pereceu n'um incendio salvando tres creanças e sua mãe.
Lydia enlouquece e cuida que seu esposo está no céo de dia e a visita
de noute. Ella, desde o repontar da aurora, sae ao jardim, e colhe
flores para o brindar quando elle desce do azul com azas de pennas de
ouro. Ao cabo de seis annos d'este sonhar delicioso, a ditosa douda,
quando andava a recolher as flores dilectas para o _bouquet_ das nupcias
com o anjo de cada noute, sentou-se em dulcissima somnolencia e expirou.
As analogias de Lydia e Martha frizam pela visão dominante na demencia
de ambas--uma especie de resurreição do amado. No que ellas
diversificam essencialmente é que uma sonhou seis annos e a outra vai
no trigesimo setimo da sua demencia; Lydia sonhou absorvida na sua ideal
alliança com um celicola, um bem-aventurado com azas de ouro; Martha
quando immerge allucinada no seu lethargo, é a paixão leal ao amado
sempre vivo na terra e no seu coração. Lydia passa as noutes em
amplexos do marido celestial: Martha, sem consciencia da sua vida
organica, tem cinco filhos, como se arrancasse de si a porção ignobil
de seu ser e a rejeitasse ao sêvo sensual do marido resalvando a alma
d'essa inconsciente materialidade. Quer-me, portanto, parecer que não
ha nodoa de plagiato no meu livrinho--uma coisa original como o peccado.
O leitor pergunta:
--Qual é o intuito scientifico, disciplinar, moderno, d'este romance?
Que prova e conclue? Que ha ahi proveitoso como elemento que reorganise
o individuo ou a especie?
Respondo: Nada, pela palavra, nada. O meu romance não pretende
reorganisar coisa nenhuma. E o auctor d'esta obra esteril assevera, em
nome do patriarcha Voltaire, que _deixaremos este mundo tolo e máo, tal
qual era quando cá entramos_.

S. Miguel de Seide, dezembro de 1882.
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